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XUMA MARATONA EMOCIONAL
Quem nunca sentiu aquele friozinho na barriga antes de falar em público ou ao conhecer alguém novo? 😬 Mas e quando o que era “só um friozinho na barriga” vira um gelo inteiro e o coração parece correr uma maratona, de tão acelerado que fica?
Só de imaginar uma conversa com outra pessoa, você sente vontade de se esconder? Ficar em casa - onde você já conhece - é sempre mais confortável do que ir para aquele evento mega importante, só para não ter que falar com ninguém? Se você já viveu isso, também já deu uma espiada nos aspectos que envolvem a ansiedade social.
A ansiedade social costuma aparecer disfarçada de “timidez”, mas quando toma conta, pode dificultar até as interações mais simples do dia a dia. Pode ser um almoço com os amigos, uma reunião no trabalho ou até mesmo mandar uma mensagem por WhatsApp. Muitas vezes, você já vai para esses encontros pensando no que poderia dar errado – e aí a ansiedade cresce!
ANSIEDADE SOCIAL vs TIMIDEZ
Mas lembre-se! Ansiedade social não é a mesma coisa que timidez. A timidez é uma característica que envolve se sentir desconfortável ou retraído(a) especialmente em interações com desconhecidos ou em ambientes novos. No entanto, a timidez, apesar de gerar certo desconforto ou nervosismo, não te impede de participar dessas situações, conseguindo se desenvolver ao longo do tempo e, com a prática, se sentindo mais à vontade.
Já a ansiedade social é um pouco mais intensa. Ela vem acompanhada de um medo persistente de ser julgado(a) ou humilhado(a), e pode te fazer evitar certas interações ou enfrentá-las com um medo muito elevado. O interessante é que esse medo costuma ser muito maior do que a ameaça real da situação, considerando o contexto.
Com isso, a ansiedade social pode gerar reações físicas e psicológicas intensas, como suor excessivo, tremores, taquicardia e pensamentos catastróficos sobre possíveis interações. A diferença principal é que esse medo é tão intenso que pode levar à evitação de situações sociais importantes, impactando significativamente a sua qualidade de vida.
A SUA MENTE ADORA CRIAR CENÁRIOS
Vou te contar um segredo: a sua mente é muito boa em inventar cenários catastróficos! Antes mesmo de qualquer coisa acontecer, ela já começa a imaginar: "E se eu disser algo errado?", "E se todo mundo me achar estranho(a)?", "E se todos rirem de mim?". Esses "e se" parecem intermináveis e só aumentam o nervosismo.
Parece familiar? Isso é a ansiedade social colocando o pezinho fora da porta, ou te limitando de colocar os seus pés para fora da porta. A ansiedade social te faz acreditar que está sendo julgado(a) o tempo todo, como se estivesse no centro de um palco gigante com todo mundo observando. Só que, na maioria das vezes, ninguém está reparando tanto assim.
É como se o alarme de incêndio disparasse sem ter fogo nenhum! Pois é, o corpo na ansiedade social faz algo bem parecido. As mãos começam a suar, o coração acelera, a voz pode falhar. Tudo isso porque o seu cérebro entendeu que está em perigo – mas que perigo seria esse?
A questão é que, para quem vive com ansiedade social, essas pequenas interações podem parecer ameaças reais, e isso causa muito sofrimento. É como se a cada conversa você estivesse lutando para sobreviver. E aí o corpo reage, tentando te proteger do que, no fundo, não traz uma ameaça iminente.
Primeiro, vale lembrar que o papel da ansiedade no nosso corpo é de tentar nos proteger. Mesmo que esteja exagerando um pouco, sabe? E um dos maiores desafios na ansiedade social, é não evitar essas situações que parecem assustadoras. Eu sei, a vontade de fugir é grande, mas ao evitar, a gente só alimenta o ciclo do medo.
ANTES DE ANDAR, A GENTE APRENDE A ENGATINHAR
Uma dica é ir devagar. Sabe aquela história de "um passo de cada vez"? Então, a exposição gradual é uma grande aliada para ajudar nesse processo. Está com medo de ir em uma festa cheia de gente? Que tal dar uma passada rápida na frente? Talvez, da próxima vez você fique alguns minutos, e na próxima, uns minutos a mais. Isso é só um exemplo (cada pessoa terá o seu ritmo), mas a ideia central é que com o tempo, essas experiências tomem formas diferentes.
Seja compassivo(a) com você, saiba que pode acontecer da ansiedade dominar alguns momentos. O importante é se lembrar de que esses momentos não definem toda a situação. Nem todo encontro social precisa ou será perfeito, afinal, o que é perfeito? 🌿
Se tem uma coisa que a nossa mente gosta de fazer, é contar histórias! E nem todas elas são boas. Ela vai te convencer de que todo mundo está te julgando, que você vai errar, que as pessoas vão rir, mas o que acontece, na real, é que a maior parte dessas histórias são… histórias.
Quantas vezes você já imaginou o pior cenário possível e, no fim, nada disso aconteceu? Da próxima vez que esses pensamentos surgirem, respire e observe-os atentamente. A gente não precisa lutar contra eles, entende? Mas observá-los como são: pensamentos.
Isso pode soar estranho, afinal, as pessoas normalmente falam: “para de pensar nisso”, “não fica assim”, como se fosse simples. Eu sei que não é, e sei que você está se esforçando. Por isso, não é funcional lutar contra esses pensamentos. Se eu te disser agora para não pensar que está em uma praia, descansando na rede, tomando um suco de laranja enquanto escuta o som das ondas quebrando, eu tenho certeza de que você imaginou esse cenário e não adiantou eu te falar “não pense nisso.”
Quando você escolhe se expor a uma situação desconfortável, não significa que precisa avançar para o nível mais difícil. São etapas. Pense: apesar do desconforto, qual seria a situação mais difícil para mim? E a mais fácil? Comece sempre pela mais fácil!
Aos poucos, você vai perceber que a ansiedade não some, mas ela se torna mais fácil de lidar. Ela perde força conforme a gente ganha experiência.
Claro, isso tudo é um processo. Não mudamos de uma hora para outra, e talvez você precise de ajuda. Conversar com um profissional, como uma psicóloga, pode ser um ótimo começo. O importante é entender que você pode aprender a viver com leveza, sem deixar de fazer as coisas que são importantes para você, mesmo que a ansiedade ainda apareça de vez em quando.
Afinal, ninguém é triste para sempre, feliz para sempre, angustiado para sempre ou ansioso para sempre. Todas as nossas emoções vão existir em diversos momentos da nossa vida. Só que quando alguma delas é muito constante ao ponto de prejudicar a nossa rotina e qualidade de vida, significa que alguma coisa precisa de atenção.
Se você sente que a ansiedade social está interferindo na sua vida, lembre-se de que com ajuda especializada, é possível lidar com esses desafios.
Então, da próxima vez que sentir aquele frio na barriga (ou o gelo inteiro), lembre-se de que ele não precisa te parar.
Vamos juntos nessa? Um passo de cada vez. 🧡
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Por: Thabatta Agne da Silva Santos
Psicóloga | CRP: 06/210587
+55 (11) 99100-9924.
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